quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ponham os olhos na Geórgia!


Segundo veio a lume, a comitiva da Geórgia que se deslocou ao nosso país para a cimeira da OTAN (assim mesmo, à portuguesa) contratou 80 prostitutas. Exemplo louvável que nem sempre os outros países seguem. Numa demonstração de patriotismo, os georgianos (não confundir com gregorianos, apesar de terem fama de beber e comer bem sempre que se deslocam a um país capitalista) aproveitaram para ajudar compatriotas que se encontram longe da pátria, recorrendo aos seus serviços. Vão dizer que a prostituição é um mal social, um flagelo. Nada mais errado! Nem sequer é uma actividade criminosa, tratando-se isso sim de pequenas e médias empresas ou em muitos casos empresários em nome individual, esforçados e com longas horas de trabalho diário e semanal. Se foi esta a profissão que estas (e estes, não vamos ser sexistas) emigrantes escolheram, nada de mais natural que os georgianos optarem pelos seus serviços, em vez de recorrerem a profissionais de outras nacionalidades, num claro gesto de apoio a quem vem para este país à procura de um futuro melhor e de melhores rendimentos. Um exemplo a seguir!

Solidarnosc!


Que belo dia o de ontem, que bela manifestação de unidade popular, que sentido de entreajuda, que espírito de concórdia! Todos os sindicatos unidos a uma só voz a protestar contra o (des)governo do país! Todas as classes e sectores organizados no mesmo propósito! Um povo novamente de mão dada e a olhar em frente! Até mesmo da parte de quem não se esperaria, a adesão à greve se manifestou! O Benfica, na pessoa dos seus jogadores, deu corpo no exterior ao que se passava em Portugal! Não aos golos! Não às defesas! Greve geral! Bem hajam!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

É difícil voltar a trabalhar...


No ano de 2010, 54 deputados (até agora) pediram (?!) a atribuição do subsídio de reintegração na vida activa nos sectores privado e público. Com um valor médio de pouco mais de €13.000,00 (treze mil euros) mas chegando em alguns casos até €45.000,00 (quarenta e cinco mil euros), temos 29 do PS, 22 do PSD, 2 do MPT e 1 do PPM. Isabel Pires de Lima (ex-Ministra da Kóltura do PS), Ana Manso (ex-vice-presidente da bancada par(a)lamentar do PSD), Pedro Nuno Santos (ex-líder da JS) e Nuno da Camara Pereira (líder do PPM) são alguns destes elementos. Entre os argumentos utilizados para justificar este subsídio temos "como me dediquei em exclusividade à política durante dez anos, não progredi na carreira, o subsídio de reintegração é uma forma de compensar essa situação". Um argumento quiçá perigoso, pode levar a que os funcionários públicos que há anos se dedicam ao serviço sem qualquer progressão queiram ter também direito a um subsídio. Temos também, da parte do fadista Nuno, "não tem sentido voltar à sociedade sem ser indemnizado para voltar à sua profissão, obviamente mereço um apoio para a reintegração". Aqui, nada a dizer. Como é que se pode exigir a alguém que durante anos não faz a ponta de um corno (tratando-se de fadistas há uma forte ligação à festa brava e daí a relevância da expressão) que regresse alegremente a uma vida de trabalho (reconheço que ser fadista não pode ser considerado trabalho na verdadeira acepção da palavra, mas comparando com deputado...) sem que haja uma compensação financeira pelo sacrifício que isso envolve? Vá lá, reconheçam que estes ex-deputados têm razão e não comecem agora a acusá-los de serem uns pulhas gananciosos que se estão nas tintas para a falta de moralidade e de solidariedade para com o comum dos portugueses que esta atitude revela.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Estamos salvos!


Agora sim! Finalmente uma luz de esperança neste breu de pessimismo e más notícias! Vieram em nosso socorro! A nova potência asiática emergente, Timor Lorosae, vai comprar títulos de dívida portuguesa! Agora é que os mercados vão acalmar e vamos voltar a ter taxas de juro razoáveis!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Pobrezinho!


José Oliveira Costa, fundador e ex-presidente do BPN, acusado de sete crimes, está desde quarta-feira em liberdade com base num pedido da defesa justificado "pelo seu estado de saúde e pelo facto de se encontrar em carência económica". Acho muito bem que tal tenha sido decidido pelo Tribunal Central de Instrução Criminal. Afinal de contas, se todos os lesados por este indivíduo se encontram em carência económica após o roubo de que foram alvo e estão em liberdade, porque é que o Costa não deve merecer o mesmo tratamento?

O custo da gratuitidade


O Instituto Nacional de Propriedade Industrial pagou ao ISCTE €20.400,00 (vinte mil e quatrocentos euros) para criar a sua página no Twitter. Não sei por quanto tempo conseguirei manter este blog activo, visto que o mesmo também é gratuito e os meus rendimentos mensais não são comparáveis aos de um Instituto Público. Agradecem-se donativos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Viva a liberdade de expressão ocidental!


O perfil da Esquerda Anti-Capitalista (Madrid) no facebook foi cancelado depois do partido ter publicado uma convocatória para a participação na Contra-Cimeira da NATO em Lisboa, que decorre este mês na capital portuguesa. Com mais de 1.500 seguidores e criado há vários meses, o perfil relata com regularidade as acções levadas a cabo por este grupo partidário que considera o cancelamento da conta um “acto de censura”. Em comunicado, publicado na sua página na Internet, o partido explica que a decisão “arbitrária” de fechar a página “só pode ser entendida como uma forma de cortar a liberdade de expressão e o uso aberto desta ferramenta informática. Uma ferramenta que muitos movimentos sociais e políticos da esquerda alternativa usam como ferramenta para organizar e ampliar as suas ações e propostas”, explica o partido que entretanto criou já nova página no facebook. O cancelamento da página ocorreu 24 horas depois do partido ter anunciado que estava a fretar um autocarro para levar manifestantes anti-NATO a Lisboa. A decisão, segundo Raul Camargo, porta-voz do partido, foi tomada de forma “imediata e sem aviso prévio”. Camargo considera que “deve ter havido uma denúncia”, insistindo que “alguém está muito interessado que não se vá a Lisboa protestar”. Normalmente o facebook cancela páginas se houver denúncias, por incumprimento do código de conduta ou por um erro técnico. “É eliminado todo o conteúdo obsceno, violento, malicioso ou ofensivo”, explica a rede social. Camargo rejeita que a convocatória da Esquerda Anticapitalista constitua uma violação destas normas, afirmando que “há até grupos neonazis que continua vivos no facebook” apesar de denúncias. “Se alguém não quer que estejamos em Lisboa protestar, nós iremos ainda com mais força”, explica Camargo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Claro que as pessoas andam desanimadas...


Numa entrevista ao Canal Plus, Rachida Dati, antiga ministra francesa da Justiça, que também já assessorou Sarkozy, lançava um duro ataque aos fundos de investimento estrangeiros quando disse: "Quando vejo que alguns [fundos] visam uma rentabilidade de 20 ou 25% com uma felação quase nula". Como é que alguém pode ficar satisfeito com juros de tal magnitude e para além disso com uma felação quase nula? Ficamos chateados, concerteza que ficamos chateados!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Há mais terroristas do que se pensa...


Os seis blindados comprados por cinco milhões de euros para serem utilizados na Cimeira da Nato, nos dias 19 e 20 deste mês, em Lisboa, não devem chegar mesmo a tempo da reunião. "Os cinco blindados e a viatura pesada para desobstrução das ruas não devem chegar a tempo de serem utilizadas na cimeira e, mesmo que tal aconteça, não haverá tempo para que o pessoal se adapte nas condições desejáveis", disse ao PÚBLICO um elemento da Unidade Especial de Polícia (UEP), lembrando que o atraso na chegada deste equipamento (custa cerca de cinco milhões de euros e terá sido pago com verbas cedidas pelo Governo Civil de Lisboa) até já foi admitido pelo director nacional da PSP, Oliveira Pereira. Estas viaturas foram compradas por ajuste directo (aquela opção de gastar dinheiro com firmas que nos dão presentes no Natal quando gastamos lá os dinheiros públicos) para que chegassem mais rapidamente. Apesar disso, ainda não foram entregues. Só pode tratar-se do trabalho de terroristas que não querem que as altas individualidades que vão participar na cimeira da NATO sejam protegidas. Malandros...

O que é que realmente importa?!


Ficaram todos escandalizados com o facto de, logo no segundo dia de debate do (enf)Orcamento de Estado (assim mesmo, sem cedilha), o ministro das finanças apresentar uma errata de €831.000.000,00 (oitocentos e trinta e um milhões de Euros). Tanto barulho para quê? Ainda por cima quando se trata de melhorias pedidas há tanto tempo. Aumento das receitas, as despesas com pessoal diminuem em €674.000.000,00 (seiscentos e setenta e quatro milhões de Euros). Vão dizer que também aumentou a despesa com os subsídios (em 69%). Mas temos de compensar os brilhantes gestores que conseguem manter este país à tona de água (coisa difícil, quando qualquer criança com um mínimo de conhecimentos de matemática e habituado a gerir a sua mesada conseguiria levá-lo muito para cima do nível de água). Além disso, também a proposta de (enf)Orcamento de Estado entregue em 15 de Outubro e apenas no dia seguinte foi entregue a totalidade dos documentos que o compunham. Também com erros. Temos de concordar que é coerente. Para não falar do facto de apesar destas mexidas o défece (assim mesmo, à maneira do novo acordo ortográphico) mantém-se inalterado. E todos sabemos que o défece é que importa!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Afinal quem é que manda aqui?!


Anda meio mundo (ou até mais que isso) a reclamar que é necessário aprovar o orçamento para sossegar os mercados, para que o FMI não venha pôr ordem no país, para evitar o aumento do custo do crédito. Acho muito bem a atitude do governo. Afinal quem é que foi escolhido para comandar os destinos do país? Quem foi eleito democraticamente, como tantos nomes sonantes da história (Bush, Hitler, Nixon...) para escolher o melhor caminho para a nossa sociedade? Querem orçamento aprovado depressa? Pois agora altera-se a discussão e votação para a primeira semana de Novembro (fica a seguir ao Halloween, até faz sentido). Querem decidir melhor que o governo onde se deve ir buscar dinheiro, arranjar outras formas de financiar os benefícios justamente adquiridos pelos governantes (invejosamente chamados de "escandalosamente absurdo despesismo")? Querem forçar o governo a cortar nessas mesmas merecidas e até escassas contrapartidas recebidas para suportar a ingratidão da populaça a que os seus postos os sujeitam? Pois agora somos inflexíveis e não mudamos nem uma vírgula! Antes ficar à mercê do exterior do que aceitar esta tentativa de atropelo da democracia a que a oposição quer forçar o governo!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Decidam-se!


Anda toda a gente a falar contra o sócrates (assim mesmo, em minúsculas) porque contratou recentemente 13 motoristas e umas dezenas de secretárias. Que é mal feito, que acaba com as contratações na Função Pública porque é preciso poupar e depois faz isto, que é um hipócrita, um aldrabão. Ao mesmo tempo continuam a queixar-se que o desemprego é muito maior do que o governo diz e que cada vez aumenta mais. Então o primeiro ministro tenta à sua conta minorar esse flagelo que é o desemprego e caem-lhe em cima? Reconhece (ainda que indirectamente) que não se devia acabar com as contratações e admite umas quantas pessoas e dão-lhe nas orelhas? Bolas, é mesmo ser preso por ter cão e preso por não ter. Coitadinho do sócrates...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Agostinho Branquinho Sujinho


Foi um dos rostos da comissão de inquérito à interferência do Governo no negócio da PT/TVI e ali criticou fortemente a linha editorial das publicações da Ongoing, em especial do Diário Económico. Ontem soube-se que Agostinho Branquinho, deputado do PSD e ex-vice-presidente do grupo parlamentar, renunciou ao mandato de deputado para "ponderar" o convite da Ongoing Brasil. A "transferência" indignou o Bloco de Esquerda e o PCP, mas esbarrou no silêncio das bancadas do PS, CDS e PSD, apesar do incómodo indisfarçável entre alguns deputados. Para João Semedo, deputado do BE e relator da comissão de inquérito, esta opção pessoal do deputado cria uma "situação política". "Todos vimos Agostinho Branquinho a questionar a natureza da linha editorial das publicações da Ongoing que sustentavam as posições do Governo", apontou Semedo, considerando que a situação espelha "o bloco central de interesses no seu melhor". Em Portugal, a Ongoing detém o Diário Económico e a Económico TV. No Brasil, a empresa tem interesses nos media e nas novas tecnologias. No mesmo tom, o PCP condena a "promiscuidade". "Independentemente do cumprimento das regras que, segundo o que está noticiado, está a ser feito relativamente ao estatuto dos deputados, consideramos que é uma situação que agrava todos os indícios públicos destas relações de promiscuidade que não devem existir", disse o deputado João Oliveira. Agostinho Branquinho rejeitou, por seu turno, qualquer conflito de interesses. E assegurou que "não há processo mais claro, transparente e ético" do que este. "Das minhas decisões, e daquilo que eu fiz na comissão de ética, não resultou qualquer benefício ou nenhum prejuízo para qualquer grupo empresarial português. Os deputados não tomam decisões executivas sobre o que quer que seja, apenas escrutinam", afirmou aos jornalistas. Questionado sobre o seu protagonismo na comissão de inquérito em que a empresa para onde agora vai foi visado, Agostinho Branquinho referiu que "a intervenção da Ongoing na TVI é posterior ao abandono do negócio da compra da TVI por parte da PT e da atitude rocambolesca do Taguspark". O deputado rejeita ainda qualquer comparação com a situação do antigo ministro socialista Jorge Coelho, que aceitou dirigir a construtora Mota-Engil depois de tutelar as obras públicas. "Nunca fui ministro de coisa nenhuma, sou deputado, os deputados não têm funções executivas, têm que escrutinar a actividade da administração pública e fazer as leis", afirma. Em relação ao convite da empresa, o deputado diz que só depois de deixar o Parlamento as conversações prosseguem, embora admita ao PÚBLICO que tenha estado recentemente em São Paulo, no Brasil, a propósito da proposta profissional da Ongoing. A primeira abordagem ao deputado por parte do presidente do grupo Ongoing, Nuno Vasconcelos, aconteceu há cerca de um mês num almoço em Lisboa. "Foi nessa altura que combinámos que, para adiantar conversações, eu teria de renunciar ao mandato de deputado", explica. Agostinho Branquinho foi jornalista de O Comércio do Porto, realizador de informação e editor na RTP, nos anos 1980. Foi deputado entre 1983 e 1985, e voltou ao Parlamento na anterior legislatura (2005-2009). Já nesta legislatura, deixou de ser vice-presidente da bancada com a actual direcção liderada por Miguel Macedo. Teve a seu cargo o dossier dos media e é conhecido por ser um acérrimo defensor da privatização da RTP.
in Público

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Be afraid, be very afraid...


A escola EB1 de Várzea de Abrunhais, Lamego, que no passado ano foi escolhida pela Microsoft para integrar a rede mundial(!) de escolas inovadoras foi encerrada. Os 32 alunos que a frequentavam e tinham acesso a wireless e onde os Magalhães (apesar de Magalhães) trabalhavam ligados a um quadro interactivo, viram-se transferidos para uma "nova" escola sem internet! Nem telefone! Este ano, a Microsoft já escolheu duas outras escolas portuguesas: a Secundária de Lagoa (Açores) e a EB 2,3 de Nevogilde (Lousada). Vá lá meninos (e meninas), comecem já a pensar onde querem estudar no próximo ano, quando também estas duas escolas forem encerradas.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aprendam a fazer contas


Mark Hurd, ex-presidente executivo da HP, visto que se demitiu na passada sexta-feira, após ter sido acusado de violar regras de conduta da empresa ao incluir despesas pessoais na conta da empresa (entre US$ 1.000 e US$ 20.000), vai receber 40 milhões de dólares (US$ 40.000.000) de indemnização (?!). Eu percebo muito pouco de matemática e gestão e finanças e tudo, mas não teria sido melhor uma reprimenda escrita? Feitas as contas, saía mais barato o Mark continuar a violar as regras de conduta. Se a moda pega vai começar tudo a portar-se mal para ficar rico. Belo exemplo!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Se a moda pega...


Começou com o nobéle (assim, mesmo, em minúsculas) da Literatura. O português (leia-se Lanzarotês) Saramago bateu as botas e logo de seguida os seus livros passaram a ser interessantes e bem escritos e merecedores de atenção e curiosidade por parte do público. As vendas mais do que decuplicaram (quer dizer que passaram a ser dez vezes mais, para o atrás citado público perceber). Ao ver esta maravilha, logo alguém se haveria de lembrar de fazer o mesmo. Um pouco como com os suicídios, há um efeito de imitação. Na semana passada, foi o actor António Feio. Tal como tinha acontecido com o senhor do nobéle, logo a sua obra se alterou radicalmente, a ponto de ser tão boa que justificasse a transmissão de várias peças por ele representadas em vários canais de televisão nacionais. Também os DVDs e livros nos quais tem alguma participação devem começar a vender que nem pãezinhos quentes numa madrugada de Inverno. É investir, pessoal! Apostem no próximo defunto e ganhem uns euritos a vender primeiras edições das suas obras! É como na Bolsa, mas menos arriscado... a não ser que os próximos sejam vocês!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

E são eles defensores da Natureza...


Foi ontem demolida a casa que a mulher do secretário de estado da justiça (assim mesmo, em minúsculas) tinha perto de Azeitão, em pleno Parque Natural da Arrábida (como é que a conseguiu lá construir não interessa para nada). A operação de demolição demorou três horas, faltando apenas remover os escombros. Queixou-se a senhora de que "tinha possibilidades para efectuar a demolição em condições mas não a deixaram". Que condições?! Em menos de três horas? Deixe lá, já está! Não pense mais nisso! Vamos ver é se o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, para além do entulho, vai também aspirar toda a zona. Rui Passos, arquitecto amigo da atrás referida senhora, membro de uma associação criada em 2002 para contestar as demolições anunciadas para o local, criticou este Instituto por optar por uma solução que "iria provocar uma enorme nuvem de pó e provocar danos na vegetação da zona envolvente". Completamente de acordo. Que se construa casas de férias, tudo bem. Se se constrói, é tudo terraplanado e deixa de haver vegetação para danificar. Agora derrubar construções ilegais é que não, porque vão "sujar as plantas"...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O que custa ter um filho


Cristiano Ronaldo (o jogador de futebol portug... madeirense) anunciou recentemente através da internet que foi pai. Surgiram novas notícias sobre este caso que apaixona e interessa muito mais a opinião pública que outro qualquer assunto. Qual escândalos na política e na justiça, qual insegurança, qual fogos, qual derrame de petróleo ou erupção vulcânica. O pai babado diz que está felicíssimo, que é algo que sempre quis, um dos sonhos que lhe era mais caro (€12.000.000, para ser mais preciso, pelo que dizem). Assim se compreende o facto de assim que a criança nasceu a ter levado logo para casa da mãe, no Algarve, enquanto ele próprio ia passear por New York com a namorada. Faz sentido. De tão emocionado, até podia assustar a criança. Para não falar do facto de ser giro ter um filho mas quando se pode fazer coisas de gajo com ele, tipo jogar à bola ou ir à praia com ele para atrair miúdas (acham sempre que um tipo com uma criança ao colo é sensível e de confiança). Além disso, é mais agradável dar uma queca com uma modelo que mudar uma fralda a um bebé. Já que a mãe e o resto da família andam a viver à custa dele, bem podem retribuir um bocadinho e serem eles a aturar as birras e ter o trabalho com o puto.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Tão amigos que eles eram...



O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse hoje em Estrasburgo que a oposição do Executivo comunitário à 'golden share' detida pela Estado português na Portugal Telecom é uma questão meramente jurídica, e não política "e muito menos ideológica". Questionado sobre o assunto durante uma conferência de imprensa no Parlamento Europeu, Durão Barroso respondeu desta forma às recentes críticas do primeiro-ministro José Sócrates, que acusou a Comissão Europeia de manter nesta matéria "posições ideológicas ultraliberais". Lembrando que a posição de Bruxelas sobre as 'golden shares' é "o entendimento de há pelo menos uma década da Comissão Europeia", ou seja, de que estas violam o direito comunitário. Durão Barroso acrescentou que o seu executivo "tem o dever de agir quando há uma violação do direito comunitário", pelo que esta é uma questão jurídica. "Para nós é uma questão puramente jurídica, não é uma questão política e muito menos uma questão ideológica", declarou. O presidente da Comissão apontou ainda que quinta-feira será conhecida a sentença do Tribunal de Justiça da União Europeia sobre o caso concreto da PT, na sequência da queixa apresentada por Bruxelas em 2005 contra o Estado português, e garantiu que "a Comissão vai aplicar a decisão" do tribunal, qualquer que ela seja, porque é dever de Bruxelas "fazer aplicar o direito comunitário". Parece que afinal isto já não é tão "porreiro, pá!"

quarta-feira, 30 de junho de 2010

São todas iguais, umas vacas!


Um jovem indonésio afirmou ter sido seduzido por uma vaca, noticia o «Jakarta Globe». Alit, de 18 anos, foi apanhado pelos vizinhos a ter relações sexuais com a sedutora vaca, no domingo. O jovem referiu que não via uma vaca, mas uma mulher linda. «Ela chamou-me pelo nome e seduziu-me, então fiz sexo com ela», contou. Alit foi forçado a casar-se com a vaca, para limpar o bom nome da aldeia. O jovem foi banhado e a vaca afogada no mar. Foi um triste fim para o romance e o chefe da aldeia ainda teve de pagar cerca de 440 euros ao dono da vaca. E ainda dizem que compensa ir até à Indonésia por causa do turismo sexual...

A esta distância?!



O que é que estavam à espera?! Se o suposto melhor jogador do Mundo não é capaz de acertar num jornalista parado a dois palmos dele, com uma câmara às costas e carregado de equipamento, sem ter ninguém a obstruir-lhe o caminho, como é que queriam que conseguisse acertar numa baliza com guarda-redes sempre a meterem-se à frente e com defesas, médios e até avançados a empurrá-lo, rasteirá-lo, puxá-lo?! Estava-se mesmo a ver o que isto ia dar...

Obrigado, selecção portuguesa de futebol!


Um grande bem-hajam a todos os elementos que integravam a comitiva portuguesa que se deslocou à África do Sul para participar no Campeonato do Mundo de Futebol! Em tempos tão conturbados e complicados como os actuais, em que todos temos de, como diz o Povo, "apertar o cinto" (quem ainda tem cinto, claro!), não podemos deixar passar em claro a atitude solidária por eles demonstrada ao deixar a competição e evitar assim as despesas que a sua continuação no evento iria acarretar! Isto sim, é um exemplo a seguir! Ponham os olhos nestes exemplos de amor à Pátria! Obrigado, Deco! Obrigado, Liedson! Obrigado, Pepe! Obrigado, rapazes!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Vão consumir, malandros!


Lembrou-se alguém de arranjar uma nova maneira de retirar aos (cada vez menos) beneficiários de isenções e taxas reduzidas no acesso ao sistema de saúde (ou de doença?!) o direito às mesmas, no caso de serem possuidores de património de valor superior a €100.000,00 em contas bancárias. Acho muito bem! Então estes malandros andam uma vida inteira a ganhar miseravelmente, a serem espoliados a torto e a direito, a não gozarem férias (nem sequer na santa terrinha, que a viagem de comboio ou camioneta fica cara), a comer açorda com pão que a carne é para os ricos e têm o descaramento de ainda amealhar uns tostões aqui, umas coroas ali, até conseguirem arranjar umas poupanças (para quando não pudermos trabalhar, para um caso de doença, para uma necessidade...). Com o país a precisar que se injecte dinheiro na economia, que se gaste dinheiro nos centros comerciais, nos aldeamentos do Algarve (assim mesmo, só com um "l"), nos condomínios fechados, nos carros importados e estes bandidos andam a retirar o precioso dinheiro do circuito económico?! Por isso é que o país está como está, com empresas a fechar e o desemprego cada vez a subir mais.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

RR mexilhão


Outra vez, Ricardito? Cá para mim o menino gosta é de se ver na televisão, seja a que preço for. Não pode ver o destaque dado às colegas de partido, quis logo juntar-se à festa. Pois sim, vamos lá tornar todos os feriados móveis. Se já andamos a meter os funcionários públicos na mobilidade, se já andamos a meter ao bolso mundos e fundos, se já andamos a desviar gravadores de jornalistas, porquê parar por aqui? Vamos continuar neste alegre virote. Diz ele que, por exemplo, "o 25 de Abril pode ser gozado a 26 ou 27, o importante é celebrar a liberdade". Parece que o mais importante é gozar com a liberdade... Vai ser giro, ter uma Segunda-Feira de Carnaval, vir para a rua festejar o 2 (ou 3) de Maio (ou 30 de Abril) como Dia do Trabalhador, o Dia de Camões (ou da Raça, segundo o presidente da República) a 11 de Junho, a Implantação da República ou a Restauração sempre numa bela segunda-feira. O único mérito seria fazer com que toda a gente passasse a saber quando se comemoram as datas importantes para o nosso país: "o dia não sei ao certo, mas sei que é numa segunda-feira!". Diz em apoio desta ideia peregrina a deputada Teresa Venda (que ninguém compra), que pretendem "evitar as chamadas pontes, dando um passo no sentido do aumento da produtividade nacional". Tenho uma sugestão, se a ideia é acabar com as pontes, porque é que o governo não acaba com as tolerâncias de ponto?! Não é ele o responsável por elas, como recentemente fez em Maio por ocasião da vinda do papa (assim mesmo, em minúsculas)?! Quem quiser ficar em casa numa segunda-feira pré-feriado ou numa sexta-feira pós-feriado, utilize um dia de férias. Seria um dia em que não iria trabalhar de qualquer forma. Mantinha-se o nível de produtividade. Não se percebe também a parte final do discurso do deputado Ricardo Rodrigues, em que diz que os feriados que calhem num fim-de-semana passam para a próxima segunda-feira. Isso não é ir contra o argumento de que se produz pouco porque há demasiados dias em que não se trabalha?! Concordo que fazer e dizer coisas sem sentido é a melhor forma de aparecer, mas há limites, não?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O exemplo vem de onde?!



Todos sabemos que o país está em crise, a economia não melhora, é preciso combater esta estagnação através de maior produtividade, mais entrega às tarefas de cada um, mais sacrifícios, mais União Nacional (assim mesmo, com maiúsculas). Essa é a mensagem que os nossos governantes e políticos tentam passar a todo o custo. Na terça-feira passada, durante o primeiro jogo da selecção nacional no mundial de futebol (assim mesmo, com minúsculas), conseguimos quase tudo isso. Isto é, ficámo-nos pela união, o que já não é mau. Foi tão bonito ver na Assembleia da República finalmente os políticos (eles) ao lado do povo (a gente). O mesmo roer de unhas, o mesmo fumar cigarro atrás de cigarro (ignorando proibições porque afinal "somos nós a jogar, pá! Não me venhas com merdas dessas agora!"), o mesmo vernáculo aplicado por todos, até pelos que apoiaram o novo (des)acordo ortográfico! Que pena não irmos mais longe no campeonato para ter mais destes momentos enternecedores...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Regresso ao passado



A crise que tem vindo cada vez mais a afectar o país, a Europa, o mundo, está a tomar proporções alarmantemente assustadoras (diria mesmo assustadoramente alarmantes). De todos os sectores se erguem vozes a apontar razões e soluções, sugestões e repreensões. No meio de todas as coisas más, uma boa tem vindo a querer emergir: a movimentação, a intervenção activa, a procura de caminhos alternativos. Uma das vozes que primeiro surgiu a insurgir-se contra a apatia e conformismo nacional foi a de Fátima Campos Ferreira. As segundas-feiras têm sido desde há algum tempo dias em que na caixa que mudou o mundo (para pior) algo de positivo e construtivo surge para nos dar confiança e força anímica para enfrentar de frente as adversidades, sob a designação de Prós e Contras, na forma de confronto de ideias e posições de uma forma esclarecedora e (quase sempre) educada, apesar do elevado número de políticos que por lá passam. Foi imbuído deste espírito que ontem me sentei frente ao televisor para mais um momento de reflexão sobre os problemas sérios e relevantes da nossa sociedade. O tema do programa pareceu-me promissor. Promessa essa que se esfumou ao perceber que o assunto "sério e relevante" era a participação no campeonato do mundo de futebol (sim, tudo em minúsculas!). O único bastião onde se resistia a esta febre do pontapé-na-bola tombou também, vítima quiçá da exigência popular e dos imperativos das audiências exigidas. Hello! São duas dúzias de fulanos semi-analfabetos a correr em cuecas durante hora e meia atrás de uma pele de porco cheia de ar! Após a eleição de Salazar como o português mais importante de todos os tempos, o primeiro-ministro (sim, uma vez mais, tudo em minúsculas!) a tentar emular o comportamento do Presidente do Conselho do Estado Novo (sim, em maiúsculas!), temos agora o regresso deste jardim à beira-mar plantado aos 3 F's: "Futebol, Fátima?! Foda-se!"

terça-feira, 1 de junho de 2010

Um sogro do melhor


Não se compreende realmente a perpetuação do estereótipo dos sogros, essas criaturas malfazejas e quezilentas que apenas querem infernizar a vida de genros e noras. Temos agora um caso que é exactamente o oposto e logo todas as vozes se levantam para o atacar. Andam a acusar o Presidente do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, Nuno Vasconcelos, por ter anulado parte (nem foi a totalidade, note-se!) de um concurso para técnicos superiores em que o genro chumbou na prova de conhecimentos (não se percebe como, se o rapaz até conhece o Presidente, o tenham chumbado numa prova em que o que importa são os conhecimentos, mas enfim…). O senhor Presidente até já negou a (alegada) tentativa de favorecimento, tendo afirmado que falou “várias vezes com o júri a pedir para toda a gente passar à segunda fase”. Toda a gente! Toda a gente, meus amigos! Isto é porventura demonstração de favorecimento?! Isso seria se o senhor Presidente pedisse, quiçá sugerisse, porventura ordenasse, que apenas o genro passasse à segunda fase! Não bastava estes ataques como ainda por cima a Ministra do Ambiente comunicou ontem ao senhor Presidente Nuno que não vai ser reconduzido na presidência do Instituto. Podem dizer que terá a ver com isto mas estão enganados, é apenas coincidência. A prova é que o Ministério do Ambiente afirma não conhecer estes factos e a Ministra não despede o Presidente (o que faria concerteza em caso de corrupção), apenas não o reconduz.

Há quem ande "oh tio, oh tio!" e há quem ande "oh pai, oh pai!"


O atelier de arquitectura Risco, a que estava associado o actual vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa Manuel Salgado e que actualmente é dirigido pelos seus filhos, vai participar no concurso para o novo terminal de cruzeiros de Lisboa. Entre os sete elementos do júri deste concurso, que escolherá o vencedor (que receberá mais de €1.000.000,00) por ajuste directo, encontra-se um arquitecto nomeado pelo acima referido vereador (“papá”, para os concorrentes). Não se inquietem no entanto os espíritos maldosos. O senhor arquitecto-vereador-papá já afirmou que “não sabia que o atelier ia concorrer ao terminal de cruzeiros”, o que ninguém pode colocar em causa, sabendo nós como é grande a falta de comunicação entre pais e filhos nos dias que correm. Além disso, acrescentou ainda que “esse é um projecto do Estado, não é da CMLisboa, e isso faz toda a diferença”. Também esta uma verdade irrefutável. Se fosse um projecto da CMLisboa, a percentagem que caberia a cada um dos munícipes seria muito elevada. Sendo um projecto do Estado, a dividir por todos os portugueses, é irrisório!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Inflação generalizada



Nem as temperaturas escapam a estes aumentos generalizados. O Governo já anda a exagerar. É o IVA, o IRS, o IRC, as portagens, os transportes... agora até a temperatura? Ninguém merece!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mafalda, a contestada



Anda tudo em polvorosa por esta jovem ter sido contratada com um vencimento mensal de €4.088,00, acrescido de IVA, através de um despacho com data de 6 de Maio a produzir efeitos desde 5 de Abril. Esquecem-se que não tem subsídio de férias, nem de Natal, que é apenas um contrato a prazo, que a coitadinha vai ter de dar o corpinho ao manifesto (salvo seja, suas mentes depravadas) no gabinete do Sr. Secretário, onde ficará a fazer estudos e consultas, importantes e necessários ao bom e harmonioso desenvolvimento da Nação. Ora dizem que o Estado não cria emprego e quando o faz é com salários de miséria, ora dizem que só arranja é empregos à medida e com grandes salários. Decidam-se, co'a breca!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Príncipe da discórdia




Concordo com todos aqueles que têm levantado a voz contra a escolha do actor que protagoniza esta passagem ao cinema das aventuras bem conhecidas dos entusiastas de jogos de computador. É de facto incompreensível que o Príncipe da Pérsia não seja persa! Ou pelo menos indiano. Ou árabe. Monhé, no mínimo. Ou arraçado. Ou que gostasse de chamuças. E nem me façam falar do facto do actor ser originário duma república! Não vou ser intransigente ao ponto de exigir que fosse mesmo um príncipe mas pelo menos que fosse um duque. Quiçá um marquês. Porventura um conde. Eventualmente um visconde. Talvez um barão. No mínimo um senhor. O que não se admite é ter um filme com este título enganador! Nem pensem que me convencem com o argumento que no jogo original o príncipe era branco e loiro! Está decidido, não vou abdicar das minhas convicções, vou escolher outra película que não enferme deste óbvio xenofobismo, onde os actores sejam de facto um reflexo real da personagem que interpretam. Alguém sabe onde posso ver o Avatar?

terça-feira, 25 de maio de 2010

Graça'Deus, né?


Confesso que me estava a preocupar o facto já faltar pouco para o início do Mundial de futebol. Como acontece desde 2004, quando os brasileiros começaram a invadir a selecção, começou já a corrida às lojas (e aos baús) para arranjar tudo o que tenha a ver (ou não) com este evento: bandeiras com os sete fogareiros conquistados aos Mouros (made in China), vuvuzelas artesanais em plástico (made in China mas exportadas via África do Sul, com um preto de beiça vibrante para mostrar como se utilizam), camisolas com as cores nacionais (actuais ou antigas) e os nomes dos jogadores (actuais ou antigos). Começaram também as campanhas de apoio à selecção: compre um balão por €0,50 num hipermercado, compre um canudo de plástico por €1,00 num posto de gasolina, ajude os gestores das emp... a selecção! Felizmente que ontem os rapazes me sossegaram: vou ter de aturar dois, talvez três jogos com a vizinhança a fazer barulho, a puxar pela equipa e depois vai ser um sossego até ao final, quando já estivermos de fora do Mundial e se puder ver algum futebol a sério com tranquilidade. Só espero que os finalistas sejam Europeus. Com a minha sorte ainda vou ter o país a torcer pelos brasileiros (isto está pejado deles!), nem que seja pela consolaçãozinha de "ser um país irmão e falarmos a mesma língua" (nem uma coisa nem outra são verdade, mas pronto...).

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ah minhas ricas santinhas!


As deputadas Maria do Rosário Carneiro e Teresa Venda, duas parlamentares da ala católica da bancada do PS defendem o fim de dois feriados religiosos (Corpo de Deus e Todos Santos) e dois civis (Dia da República e Dia da Restauração). Os cortes serviriam para aumentar o ordenado mínimo nacional. Propõem ainda que outros cinco feriados passem a ser móveis: Carnaval, 25 de Abril, Dia do Trabalhador e Dia de Portugal, mais os feriados da Assunção da Nossa Senhora e da Imaculada Conceição (15 de Agosto e 8 de Dezembro), que seriam todos encostados aos fins-de-semana. Muitíssimo bem pensado. Que parvoíce esta a de relembrar/comemorar coisas como a Implantação da República ou a Restauração. Já foi há tanto tempo, quase já não há ninguém que se lembre ao certo o que se passou. Para além disso, não as podem acusar de tendenciosas. Duas católicas que querem acabar com o corpo de Deus e com todos os Santos, é preciso ter tomates. Também concordo com a nova mobilidade proposta para outras datas. Haverá algo mais carnavalesco que uma terça-feira de Carnaval à segunda-feira? Que interessa que o dia do Trabalhador seja mudado para quando der mais jeito ao Governo? Já se faz o que se quer dos trabalhadores, porque não fazer o mesmo ao seu dia? O 25 de Abril também pode saltitar alegremente entre datas. Afinal, não é também chamado dia da Liberdade? Que melhor prova dessa liberdade que podermos ter a liberdade de o comemorar quando nos der na real gana? Vá meninas, não desistam! Apoio-vos incondicionalmente!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Deutschland uber alles!


Ao contrário...



Já viram o novo anúncio da Galp de apoio à Selecção, com o Goucha a (tentar) utilizar uma vuvuzela? Não sai som nenhum, não é? Deviam ter avisado o senhor que a ideia é soprar, não chupar... Old habits die hard!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O justo e os torcionários


Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada do PS e membro do Conselho Superior de Segurança Interna, órgão consultivo do primeiro-ministro em matéria se segurança interna, abandonou uma entrevista com os dois jornalistas da revista Sábado no dia 30 de Abril levando consigo os dois gravadores que estavam a ser utilizados para registar a conversa, "Irreflectidamente" e por estar a ser alvo de "violência psicológica insuportável". O coordenador do PS para a área da Justiça (?!), diz que aceitou dar a entrevista à Sábado de "boa fé", mas acusa a revista de "perguntas inquisitórias e construídas sobre premissas falsas" que tiveram como objectivo atingir a sua "honra (tratando-se de um político, não vejo como se poderia atingir algo inexistente, mas pronto…) e consideração". Os jornalistas Fernando Esteves e Maria Henrique Espada questionaram Ricardo Rodrigues com a sua ligação, como advogado, a "Débora Raposo, condenada em 2008 por burla e falsificação de documentos, num caso que defraudou em vários milhões de euros a CGD de Vila Franca do Campo, nos Açores. E em que ele próprio chegou a ser arguido, mas não acusado". Na entrevista, cujo vídeo está online, Ricardo Rodrigues diz que já teve os seus "azares" (que azar? Não ter sido acusado, para depois pedir uma indemnização?). Mas foi quando os jornalistas levantaram "o tema da sua demissão, em 2003, do Governo Regional dos Açores, em que era secretário regional, na sequência de boatos, com repercussão pública, que o ligavam a um escândalo de pedofilia no arquipélago", que Ricardo Rodrigues abandonou a sala da entrevista e levou consigo os gravadores, porque não vislumbrou "outra alternativa para preservar" o seu "bom nome" do que proceder aquela "acção directa". Uma pequena sugestão, Ricardito: já que as perguntas não foram respondidas, o que faz com que nas gravações de som não surja nada de auto-incriminatório, o que se calhar fazia mais sentido era levar a câmara de vídeo, para evitar a divulgação da expressão de azia que as perguntas provocaram, não? Talvez para a próxima…

Gaivotas em terra


Por causa da visita do Papa, a Força Aérea Portuguesa vai manter uma zona de interdição à volta do Terreiro de Paço, da qual vai ser afastado todo e qualquer tipo de tráfego aéreo. Com a falta de oportunidade que os nossos militares têm de dar uso ao material bélico, estou mesmo a ver as gaivotas (e os pombos) a serem alvo (literalmente) do treino destes dedicados mancebos (e mancebas, que as há...). Cuidado com as cabeças, peregrinos! Em vez de caca de gaivota (e de pombo) arriscam-se a levar com o bicho todo na carola!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Malandra! Bandida!




"A irma Noémia Quitério mostra uma hóstia grande, igual à que o papa Bento XVI irá erguer durante as cerimónias religiosas de 12 e 13 de Maio. As hóstias são fabricadas no Santuário de Fátima de onde saem milhares todos os dias."
in SAPO.PT



Isto é um escândalo! Onde anda a ASAE?! Então a Noémia está a segurar na hóstia que o Papa irá comer (por assim dizer) sem luvas, sem máscara, sem nada, enchendo-a de germes e bactérias! Esqueçam a ASAE, chamem os GOE! A Noémia é uma terrorista!!!

Oh pá, varreu-se-me de todo!


Manuel Alegre vai receber uma reforma de € 3.219,95 mensais pelo cargo de coordenador de programas de texto da Rádio Difusão Portuguesa que ocupou por alguns meses. A informação faz parte da lista dos aposentados e reformados divulgada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA), citada pelo Correio da Manhã. Em declarações ao jornal, Alegre garantiu que nem se lembraria da reforma se não fosse a CGA a escrever-lhe uma carta. O deputado explicou que foi funcionário da RDP durante "pouco tempo", já que começou a trabalhar na rádio quando voltou do exílio, após o 25 de Abril, e saiu em 1975 quando foi eleito deputado, cargo que ocupou desde então. "Nunca mais lá trabalhei, mas descontei sempre", disse o deputado. Vamos todos apoiar este senhor na sua candidatura a Belém. Precisamos de mais cidadãos com este espírito. Mesmo não trabalhando continuam a contribuir para a Caixa Geral de Aposentações, o que vai beneficiar toda a gente. Já agora, uma vez que o filantrópico senhor até nem se lembrava dessa renda mensal, no meio de tantas de que já beneficia, que tal abdicar dela a favor dos que apenas têm uma (e mísera) reforma?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O custo dos transportes


Os deputados eleitos para a Assembleia da República que residem fora da Grande Lisboa podem receber até mais €2.144,89 por mês no vencimento. São apenas 154 em 230, uns meros 67% do total. Acho muito bem que assim seja. Coitados deles (e delas, que apesar de raramente se falar de deputadas há para aí muitas), terem de se deslocar até à Assembleia alguns dias por semana para "ver o que se passa", navegar um bocadinho na net (num portátil a sério, que isso do Magalhães só é bom para crianças) e ligar à família pelos telefones do hemiciclo (sim, que os malandros das operadoras móveis voltaram a aumentar os preços). Se queremos que estas importantes funções sejam desempenhadas, temos de dar condições para isso. Não estão à espera que, para além do que eles (e elas, que apesar de raramente se falar de deputadas há para aí muitas) fazem por nós, ainda tivessem de pagar as viagens de ida e volta como um qualquer trabalhador (braçal ou não), com o demagógico argumento que ganham muito mais que a média de quem realmente trabalha. Já basta o sacrifício de servir a Nação...

terça-feira, 30 de março de 2010

Pronto, já passou...


Ainda bem. De facto, quando surgiram as primeiras notícias, parecia uma catástrofe, uma calamidade, um pesadelo tornado realidade. Algo que não deveria e não poderia ter acontecido. Algo que ainda nos recusávamos a acreditar. Mas era verdade. Um país completamente destruído, como se os deuses tivessem pegado no mapa e o rasgassem em pedaços. Só porque sim. Haiti. A desolação foi geral, estendeu-se a todo o planeta. Um sítio tão aprazível para passar férias, tão acessível à bolsa da classe média, a qual passava por alta nesta terra pobre mas que tão generosamente se deixava explorar. Criou-se uma onda global para reconstruir uma das nossas mais agradáveis casas de férias. Pois ele era jornalistas, tão empenhados na reconstrução que até andavam pelo meio das ruas em táxis alugados após feroz leilão. Que se atiravam de janelas do 1º andar para eles próprios sentirem na pele o que os locais sentiram (alguns invejosos dirão que um tornozelo torcido não é o mesmo que morrer esmagado debaixo de um prédio, mas a intenção é que conta). Pois ele era religiosos (fanáticos aproveitadores, para os maldizentes) a salvar criancinhas orfâs (e mesmo as que o não eram) de um destino terrível, levando-as para os braços de caridosas famílias, as quais nem se importavam com a cor dessas crianças (até porque não seria tão dispendiosa a sua aquisição). Pois ele era artistas (que nunca o foram e deveriam continuar no fundo do baú das más recordações, dirão alguns) a escrever músicas e fazer concertos para contribuir com a receita de discos e espectáculos para a reconstrução (com uma parte apenas dos ganhos, porque isto de ser solidário sempre dá despesa e trabalho). Pois ele era voluntários de todo o mundo que todos os dias saíam de manhã dos seus hoteis com ar condicionado para andar no meio daquela desgraça a contar mortos e a dar entrevistas ao lado de feridos (os menos desfigurados, porque isto é para comover as pessoas que vêem na televisão e não para as enojar, tanto mais que normalmente estas imagens passam à hora das refeições). Até nós, neste cantinho tão longínquo, contribuímos e participámos. Toca de ligar para dar os nossos €0,60 mais a taxa do IVA, que isto é um país que não foge às suas responsabilidades (na realidade eram apenas €0,50, porque isto de ser solidário sempre dá despesa e trabalho). Toca de ver as figurinhas das novelas e revistas a atender telefones em directo para a televisão (que é aborrecido ter de gramar com as conversas de quem liga, mas é sempre bom aparecer). E pronto, todos ficámos consoladinhos, de consciência tranquila, a dormir reconfortados por "termos feito tudo o que podíamos por aqueles pobres desgraçados, que até nem conhecemos, mas é assim, temos de ser uns prós outros!". Agora já deixámos de ouvir falar dessa desgraça. Ainda bem, até se ficava sem apetite quando as imagens passavam na televisão. Algumas vezes até se tinha de mudar de canal. Mas pronto, já passou. Pelos vistos aqueles €0,60 mais a taxa do IVA foram bem empregues...