sexta-feira, 18 de junho de 2010

RR mexilhão


Outra vez, Ricardito? Cá para mim o menino gosta é de se ver na televisão, seja a que preço for. Não pode ver o destaque dado às colegas de partido, quis logo juntar-se à festa. Pois sim, vamos lá tornar todos os feriados móveis. Se já andamos a meter os funcionários públicos na mobilidade, se já andamos a meter ao bolso mundos e fundos, se já andamos a desviar gravadores de jornalistas, porquê parar por aqui? Vamos continuar neste alegre virote. Diz ele que, por exemplo, "o 25 de Abril pode ser gozado a 26 ou 27, o importante é celebrar a liberdade". Parece que o mais importante é gozar com a liberdade... Vai ser giro, ter uma Segunda-Feira de Carnaval, vir para a rua festejar o 2 (ou 3) de Maio (ou 30 de Abril) como Dia do Trabalhador, o Dia de Camões (ou da Raça, segundo o presidente da República) a 11 de Junho, a Implantação da República ou a Restauração sempre numa bela segunda-feira. O único mérito seria fazer com que toda a gente passasse a saber quando se comemoram as datas importantes para o nosso país: "o dia não sei ao certo, mas sei que é numa segunda-feira!". Diz em apoio desta ideia peregrina a deputada Teresa Venda (que ninguém compra), que pretendem "evitar as chamadas pontes, dando um passo no sentido do aumento da produtividade nacional". Tenho uma sugestão, se a ideia é acabar com as pontes, porque é que o governo não acaba com as tolerâncias de ponto?! Não é ele o responsável por elas, como recentemente fez em Maio por ocasião da vinda do papa (assim mesmo, em minúsculas)?! Quem quiser ficar em casa numa segunda-feira pré-feriado ou numa sexta-feira pós-feriado, utilize um dia de férias. Seria um dia em que não iria trabalhar de qualquer forma. Mantinha-se o nível de produtividade. Não se percebe também a parte final do discurso do deputado Ricardo Rodrigues, em que diz que os feriados que calhem num fim-de-semana passam para a próxima segunda-feira. Isso não é ir contra o argumento de que se produz pouco porque há demasiados dias em que não se trabalha?! Concordo que fazer e dizer coisas sem sentido é a melhor forma de aparecer, mas há limites, não?

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