quarta-feira, 30 de junho de 2010

São todas iguais, umas vacas!


Um jovem indonésio afirmou ter sido seduzido por uma vaca, noticia o «Jakarta Globe». Alit, de 18 anos, foi apanhado pelos vizinhos a ter relações sexuais com a sedutora vaca, no domingo. O jovem referiu que não via uma vaca, mas uma mulher linda. «Ela chamou-me pelo nome e seduziu-me, então fiz sexo com ela», contou. Alit foi forçado a casar-se com a vaca, para limpar o bom nome da aldeia. O jovem foi banhado e a vaca afogada no mar. Foi um triste fim para o romance e o chefe da aldeia ainda teve de pagar cerca de 440 euros ao dono da vaca. E ainda dizem que compensa ir até à Indonésia por causa do turismo sexual...

A esta distância?!



O que é que estavam à espera?! Se o suposto melhor jogador do Mundo não é capaz de acertar num jornalista parado a dois palmos dele, com uma câmara às costas e carregado de equipamento, sem ter ninguém a obstruir-lhe o caminho, como é que queriam que conseguisse acertar numa baliza com guarda-redes sempre a meterem-se à frente e com defesas, médios e até avançados a empurrá-lo, rasteirá-lo, puxá-lo?! Estava-se mesmo a ver o que isto ia dar...

Obrigado, selecção portuguesa de futebol!


Um grande bem-hajam a todos os elementos que integravam a comitiva portuguesa que se deslocou à África do Sul para participar no Campeonato do Mundo de Futebol! Em tempos tão conturbados e complicados como os actuais, em que todos temos de, como diz o Povo, "apertar o cinto" (quem ainda tem cinto, claro!), não podemos deixar passar em claro a atitude solidária por eles demonstrada ao deixar a competição e evitar assim as despesas que a sua continuação no evento iria acarretar! Isto sim, é um exemplo a seguir! Ponham os olhos nestes exemplos de amor à Pátria! Obrigado, Deco! Obrigado, Liedson! Obrigado, Pepe! Obrigado, rapazes!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Vão consumir, malandros!


Lembrou-se alguém de arranjar uma nova maneira de retirar aos (cada vez menos) beneficiários de isenções e taxas reduzidas no acesso ao sistema de saúde (ou de doença?!) o direito às mesmas, no caso de serem possuidores de património de valor superior a €100.000,00 em contas bancárias. Acho muito bem! Então estes malandros andam uma vida inteira a ganhar miseravelmente, a serem espoliados a torto e a direito, a não gozarem férias (nem sequer na santa terrinha, que a viagem de comboio ou camioneta fica cara), a comer açorda com pão que a carne é para os ricos e têm o descaramento de ainda amealhar uns tostões aqui, umas coroas ali, até conseguirem arranjar umas poupanças (para quando não pudermos trabalhar, para um caso de doença, para uma necessidade...). Com o país a precisar que se injecte dinheiro na economia, que se gaste dinheiro nos centros comerciais, nos aldeamentos do Algarve (assim mesmo, só com um "l"), nos condomínios fechados, nos carros importados e estes bandidos andam a retirar o precioso dinheiro do circuito económico?! Por isso é que o país está como está, com empresas a fechar e o desemprego cada vez a subir mais.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

RR mexilhão


Outra vez, Ricardito? Cá para mim o menino gosta é de se ver na televisão, seja a que preço for. Não pode ver o destaque dado às colegas de partido, quis logo juntar-se à festa. Pois sim, vamos lá tornar todos os feriados móveis. Se já andamos a meter os funcionários públicos na mobilidade, se já andamos a meter ao bolso mundos e fundos, se já andamos a desviar gravadores de jornalistas, porquê parar por aqui? Vamos continuar neste alegre virote. Diz ele que, por exemplo, "o 25 de Abril pode ser gozado a 26 ou 27, o importante é celebrar a liberdade". Parece que o mais importante é gozar com a liberdade... Vai ser giro, ter uma Segunda-Feira de Carnaval, vir para a rua festejar o 2 (ou 3) de Maio (ou 30 de Abril) como Dia do Trabalhador, o Dia de Camões (ou da Raça, segundo o presidente da República) a 11 de Junho, a Implantação da República ou a Restauração sempre numa bela segunda-feira. O único mérito seria fazer com que toda a gente passasse a saber quando se comemoram as datas importantes para o nosso país: "o dia não sei ao certo, mas sei que é numa segunda-feira!". Diz em apoio desta ideia peregrina a deputada Teresa Venda (que ninguém compra), que pretendem "evitar as chamadas pontes, dando um passo no sentido do aumento da produtividade nacional". Tenho uma sugestão, se a ideia é acabar com as pontes, porque é que o governo não acaba com as tolerâncias de ponto?! Não é ele o responsável por elas, como recentemente fez em Maio por ocasião da vinda do papa (assim mesmo, em minúsculas)?! Quem quiser ficar em casa numa segunda-feira pré-feriado ou numa sexta-feira pós-feriado, utilize um dia de férias. Seria um dia em que não iria trabalhar de qualquer forma. Mantinha-se o nível de produtividade. Não se percebe também a parte final do discurso do deputado Ricardo Rodrigues, em que diz que os feriados que calhem num fim-de-semana passam para a próxima segunda-feira. Isso não é ir contra o argumento de que se produz pouco porque há demasiados dias em que não se trabalha?! Concordo que fazer e dizer coisas sem sentido é a melhor forma de aparecer, mas há limites, não?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O exemplo vem de onde?!



Todos sabemos que o país está em crise, a economia não melhora, é preciso combater esta estagnação através de maior produtividade, mais entrega às tarefas de cada um, mais sacrifícios, mais União Nacional (assim mesmo, com maiúsculas). Essa é a mensagem que os nossos governantes e políticos tentam passar a todo o custo. Na terça-feira passada, durante o primeiro jogo da selecção nacional no mundial de futebol (assim mesmo, com minúsculas), conseguimos quase tudo isso. Isto é, ficámo-nos pela união, o que já não é mau. Foi tão bonito ver na Assembleia da República finalmente os políticos (eles) ao lado do povo (a gente). O mesmo roer de unhas, o mesmo fumar cigarro atrás de cigarro (ignorando proibições porque afinal "somos nós a jogar, pá! Não me venhas com merdas dessas agora!"), o mesmo vernáculo aplicado por todos, até pelos que apoiaram o novo (des)acordo ortográfico! Que pena não irmos mais longe no campeonato para ter mais destes momentos enternecedores...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Regresso ao passado



A crise que tem vindo cada vez mais a afectar o país, a Europa, o mundo, está a tomar proporções alarmantemente assustadoras (diria mesmo assustadoramente alarmantes). De todos os sectores se erguem vozes a apontar razões e soluções, sugestões e repreensões. No meio de todas as coisas más, uma boa tem vindo a querer emergir: a movimentação, a intervenção activa, a procura de caminhos alternativos. Uma das vozes que primeiro surgiu a insurgir-se contra a apatia e conformismo nacional foi a de Fátima Campos Ferreira. As segundas-feiras têm sido desde há algum tempo dias em que na caixa que mudou o mundo (para pior) algo de positivo e construtivo surge para nos dar confiança e força anímica para enfrentar de frente as adversidades, sob a designação de Prós e Contras, na forma de confronto de ideias e posições de uma forma esclarecedora e (quase sempre) educada, apesar do elevado número de políticos que por lá passam. Foi imbuído deste espírito que ontem me sentei frente ao televisor para mais um momento de reflexão sobre os problemas sérios e relevantes da nossa sociedade. O tema do programa pareceu-me promissor. Promessa essa que se esfumou ao perceber que o assunto "sério e relevante" era a participação no campeonato do mundo de futebol (sim, tudo em minúsculas!). O único bastião onde se resistia a esta febre do pontapé-na-bola tombou também, vítima quiçá da exigência popular e dos imperativos das audiências exigidas. Hello! São duas dúzias de fulanos semi-analfabetos a correr em cuecas durante hora e meia atrás de uma pele de porco cheia de ar! Após a eleição de Salazar como o português mais importante de todos os tempos, o primeiro-ministro (sim, uma vez mais, tudo em minúsculas!) a tentar emular o comportamento do Presidente do Conselho do Estado Novo (sim, em maiúsculas!), temos agora o regresso deste jardim à beira-mar plantado aos 3 F's: "Futebol, Fátima?! Foda-se!"

terça-feira, 1 de junho de 2010

Um sogro do melhor


Não se compreende realmente a perpetuação do estereótipo dos sogros, essas criaturas malfazejas e quezilentas que apenas querem infernizar a vida de genros e noras. Temos agora um caso que é exactamente o oposto e logo todas as vozes se levantam para o atacar. Andam a acusar o Presidente do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, Nuno Vasconcelos, por ter anulado parte (nem foi a totalidade, note-se!) de um concurso para técnicos superiores em que o genro chumbou na prova de conhecimentos (não se percebe como, se o rapaz até conhece o Presidente, o tenham chumbado numa prova em que o que importa são os conhecimentos, mas enfim…). O senhor Presidente até já negou a (alegada) tentativa de favorecimento, tendo afirmado que falou “várias vezes com o júri a pedir para toda a gente passar à segunda fase”. Toda a gente! Toda a gente, meus amigos! Isto é porventura demonstração de favorecimento?! Isso seria se o senhor Presidente pedisse, quiçá sugerisse, porventura ordenasse, que apenas o genro passasse à segunda fase! Não bastava estes ataques como ainda por cima a Ministra do Ambiente comunicou ontem ao senhor Presidente Nuno que não vai ser reconduzido na presidência do Instituto. Podem dizer que terá a ver com isto mas estão enganados, é apenas coincidência. A prova é que o Ministério do Ambiente afirma não conhecer estes factos e a Ministra não despede o Presidente (o que faria concerteza em caso de corrupção), apenas não o reconduz.

Há quem ande "oh tio, oh tio!" e há quem ande "oh pai, oh pai!"


O atelier de arquitectura Risco, a que estava associado o actual vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa Manuel Salgado e que actualmente é dirigido pelos seus filhos, vai participar no concurso para o novo terminal de cruzeiros de Lisboa. Entre os sete elementos do júri deste concurso, que escolherá o vencedor (que receberá mais de €1.000.000,00) por ajuste directo, encontra-se um arquitecto nomeado pelo acima referido vereador (“papá”, para os concorrentes). Não se inquietem no entanto os espíritos maldosos. O senhor arquitecto-vereador-papá já afirmou que “não sabia que o atelier ia concorrer ao terminal de cruzeiros”, o que ninguém pode colocar em causa, sabendo nós como é grande a falta de comunicação entre pais e filhos nos dias que correm. Além disso, acrescentou ainda que “esse é um projecto do Estado, não é da CMLisboa, e isso faz toda a diferença”. Também esta uma verdade irrefutável. Se fosse um projecto da CMLisboa, a percentagem que caberia a cada um dos munícipes seria muito elevada. Sendo um projecto do Estado, a dividir por todos os portugueses, é irrisório!